Nestes primeiros dias de Outono, começam a chamar por nós aqueles sabores e temperos mais reconfortantes. A chuva pede canela, chá quente e uma manta.
Começo sempre o dia com meio copo de água com limão e gengibre. Ajuda-me a acordar (pudera!), a preparar o organismo para a primeira refeição do dia, a hidratar logo pela manhã e sabe-me bem. Em seguida, preparo as minhas papas de aveia. Todos os dias as faço de sabor diferente e vou aproveitando fruta da época para variar.
Neste dia, usei flocos de aveia, bebida vegetal de amêndoa e proteína vegetal de chocolate (da qual vos falei neste post) para a «base». Deixei cozinhar uns minutos, só o suficiente para a aveia absorver o líquido e ficar numa temperatura confortável , e acrescentei os toppings.
Maçã caseirinha cozida com canela de um lado, trigo sarraceno a meio para dar crocancia e textura e manteiga de amendoim do outro!
Com um pequeno-almoço destes, não precisei de lanchar. Passei a manhã a tomar uma boa dose de infusão de tília (em folha, que me ofereceram) para garantir a hidratação e a refeição seguinte foi o almoço.
Foi tudo feito no forno, para rentabilizar a utilização do mesmo. Batata doce, abóbora (daí tanto cor-de-laranja!), pimentos, cebola e hamburgueres caseiros de feijão branco e tahini, que estavam congelados. Foi só descongelar durante a noite e ficaram prontos a usar.
Normalmente, os hamburgueres de leguminosas podem ser feitos no forno ou na frigideira mas, como o feijão branco tinha cozido demasiado e não quis adicionar muita farinha (de aveia, neste caso), a textura não ficou ideal para fritar. Já que estava a usar o forno, aproveitei e nem precisei de os virar. Não só não se desfizeram como ficaram muito bons.
Não acham que o forno dá outro sabor aos alimentos?
A tarde foi acompanhada de fruta, o meu snack preferido!
Conhecem estas uvas? Creio que são as uvas que se usam para fazer vinho doce ou vinho americano. Aperta-se a casca para tirar a uva, como um tremoço, e separa-se também a grainha. São uvas pequenas e muito saborosas, são as minhas preferidas!
O jantar foi pizza! Ou antes, pizza à minha maneira :) Aceito que lhe chamem outra coisa qualquer...
Comecei por fazer a massa, e começam já aqui as diferenças. Desde que tive uns problemas de digestão e tive de fazer uma dieta baixa em alimentos FODMAP (alimentos difíceis de digerir), durante a qual tive de eliminar o trigo, habituei-me a utilizar outro tipo de farinhas. Por isso, a minha massa de pizza leva uma chávena de farinha de aveia, uma chávena de farinha de arroz, uma colher de sobremesa de fermento, sal, azeite e água quente, estes últimos a olho. Aliás, as minhas confecções são sempre um bocado a olhómetro, mesmo quando tenho uma receita para seguir (e não, nem sempre corre bem...). E fica a repousar entre 30 minutos a uma hora.
Depois tratei do molho...
Não tem grande segredo, é cortar tomate maduro e ir refogando com azeite e sal. Quando ficou com o aspecto e consistência desejados, coloquei por cima da massa, a que já tinha dado forma entretanto, e acrescentei os toppings.
E aqui começa a segunda parte gira... É que eu não uso só os ingredientes habituais :)
Gosto de usar tofu, para ter uma fonte proteica na pizza, e azeitonas. Neste dia, juntei também pimento, cebola e cogumelos!
E o queijo? Pois, aí é que está, eu não uso queijo na pizza, nem vegano! Nunca gostei muito de queijo e, quando deixei de consumir, as versões veganas eram caríssimas e de sabor pouco convincente. Por isso, fui optando por fazer um bom molho de tomate caseiro e encher a pizza de orégãos em vez de usar queijo e sempre resultou muito bem para mim. Mais recentemente, quando visitei Nápoles, descobri que uma das pizzas originais napolitanas, a marinara, não leva queijo, mas apenas molho de tomate, manjericão e orégãos! Por isso, afinal, não só não inventei nada como não é assim tão estranho não usar queijo na pizza :)
Depois de uns 20 minutos no forno e muitos orégãos por cima, aí está ela:
E, para terminar o dia em grande, a sobremesa foram dois quadrados do meu chocolate preferido.
Não costumo acompanhar as refeições com bebida, opto por ir bebendo água ao longo do dia e costumo parar antes de jantar. Como é a refeição em que me sabe bem comer um pouco mais (já sei de toda a controvérsia em relação a comer muito ao jantar mas é quando me sabe bem reforçar um pouco e comer uma sobremesa, além de ser, em geral, a refeição a seguir ao treino), prefiro não beber nada depois para não perturbar a digestão (isto não se aplica a todas as pessoas, eu faço assim porque tenho algumas dificuldades digestivas, por isso, bebam à vontade durante o almoço e o jantar. Água, claro!!).
Que tal estes sabores de Outono?
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