Sempre que necessário, vou ao médico e tomo medicamentos. Faço análises regularmente e estou atenta aos sinais que o meu corpo me dá, para perceber se precisa de uma «ajudinha» ou se vai lá sozinho. Ainda assim, tento não me entupir de comprimidos ao primeiro sinal de desconforto (leve), para que o meu organismo tenha resistência e imunidade.
Hoje trago algumas dicas simples para ajudar a atenuar ou resolver sintomas leves ou pequenos incómodos com ingredientes ou plantas fáceis de encontrar por casa.
Lábios secos ou queimaduras leves - Este ano, com a vaga de frio, fiquei com os lábios ainda mais secos do que o costume. Como não gosto de batons hidratantes ou muito cremosos, não tenho batons de cieiro nem bálsamos labiais. Utilizei o meu amigo óleo de côco, que ainda tem a vantagem de ser comestível e não tóxico.
Em relação às queimaduras, refiro-me às de sol. Tenho a pele muito sensível e, no Verão, não posso facilitar na colocação de protector solar. No entanto, é muito fácil esquecer de passar creme em alguma zona mais escondida e já me aconteceu, até, adormecer ao sol e queimar a pele, mesmo tendo colocado protector. Basta o contacto com a toalha para algum do produto desaparecer. Tenho resolvido sempre com a aplicação de quantidades bem generosas de óleo de côco (atenção, estamos a falar daquela vermelhidão por excesso de sol e não de queimaduras mesmo graves!).
Olhos inchados e olheiras - Não tenho olheiras muito carregadas, mas tenho blefarite, que é uma inflamação crónica das pálpebras que me faz, por vezes, acordar com os olhos bastante inchados. Quando isto acontece, utilizo um algodão ou compressa embebida em água morna ou chá preto. O chá preto é anti-inflamatório e a temperatura morna ajuda a descongestionar os olhos. Já utilizei em casos de conjuntivite em que não tinha gotas para aplicar de imediato. Pode ajudar até para aliviar os olhos depois de uma noite mal dormida.
Nariz entupido - Mais alguém com rinite alérgica? Ai, aqueles Outonos e Primaveras sempre tão agradáveis :) E quando o médico tentava convencer-me de que era boa ideia introduzir água do mar nos meus orifícios nasais, hein? A água ia ter à garganta e o sabor salgado chegava à língua, era tãaao agradável... A melhor alternativa que encontrei foi respirar vapor de infusão de eucalipto. Muito menos traumático e ajuda a limpar as vias respiratórias. Manter a hidratação com água ou infusões também ajuda.
Feridas abertas pequenas e pisaduras leves - Felizmente, já não sou tão trapalhona como há uns anos, mas sou aquela pessoa que bate sempre com o joelho na esquina dos móveis, e coisas do género. Por norma, deixo que passe sozinho, mas para pisaduras mais feias ou pequenas feridas aplico compressas de argila. Aliás, a argila é um ingrediente muito versátil que pode ser utilizado para cuidados de beleza e saúde, desde máscaras faciais a misturas de beber (sim!).
Constipação leve, dores de garganta leves - As constipações costumam andar ali a chatear uma semana e depois vão à vida delas. Quando tenho sintomas muito leves, costumo tomar apenas vários chás ou infusões quentinhos por dia e proteger bem a zona do pescoço. Só quando tenho dores de cabeça é que tomo também um comprimido para as dores.
Sensação de enfartamento - Bom, o ideal é sempre comer em quantidades razoáveis, de acordo com a nossa fome e não com gulodice :) Mas às vezes acontece Natal, aniversário, festas, ocasião especial, comida de conforto, bolo caseiro, entre outros, e uma pessoa deixa-se entusiasmar! Quando sinto que exagerei um pouco, mastigo uma pastilha de enzimas digestivas, que ajudam e aceleram o processo digestivo.
Dificuldades digestivas (dor e distenção abdominal) - No seguimento da dica anterior, deixo algumas sugestões que resultam comigo quando passo alguns períodos mais inchada após as refeições. Quando acontece, reintroduzo as enzimas digestivas mas, neste caso, duas a três vezes por dia. Evito também ingerir líquidos durante a refeição, para não «sobrecarregar» o aparelho digestivo (embora não haja inconveniente nenhum em pessoas que não tenham estes problemas). Fora das refeições, é ainda mais fundamental manter uma boa hidratação (a partir de 30 minutos depois de comer), que ajuda todo o nosso organismo a funcionar em pleno.
Há também alimentos com os quais tenho mais cuidado. Adoro leguminosas e como quase todos os dias, mas lavo sempre as de frasco e, quando são cozidas por mim, demolham 24 horas (com mudança de água às 12 horas) com duas folhas de louro, e cozo também com duas folhas novas de louro, para ajudar a eliminar os fitatos. É sempre bom que a nossa ingestão de alimentos muito processados, como hamburgueres prontos a comer, seja muito pontual e devemos perceber a que alimentos o nosso organismo é mais sensível. No meu caso, por exemplo, sou mais sensível à cebola, soja, alho e até ao arroz integral do que propriamente ao glúten! Por outro lado, dou-me muito bem com tofu, arroz branco (vaporizado, basmati, agulha ou carolino) e millet.
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