Quando pensamos em alimentação vegana, pensamos em produtos novos, desconhecidos até há uns anos, superalimentos, sementes e frutos mais exóticos e caros. Dêem as boas-vindas ao abacate e ao guacamole, ao hummus de beterraba, às chips de batata doce, ao queijo vegetal de caju e amêndoas e ao tempeh grelhado com molho de soja. Ou então não!
É óptimo conhecer novos alimentos e fazer experiências na cozinha, mas por vezes bate aquela nostalgia de pegar num pacote de bolachas e beber uma caneca de leite com cereais, sem pensar muito no assunto. E eles andam aí, bem perto de nós, nas prateleiras de supermercado. Sem rótulos especiais e sem terem sido criados especialmente para este público, muitos produtos são acidentalmente vegan e podem, assim, fazer parte do armário do vegano lá de casa.
Hoje trago alguns exemplos que encontrei, mas há muitos mais:
Cereais de pequeno-almoço de chocolate
Esta é a versão dos Chocapic, ou pétalas de chocolate, do Continente, mas eles têm mais cereais de chocolate veganos, como as mini cookies. No Lidl também já encontrei. São muito saborosos e parecidos com os originais.
Neste caso, os ingredientes são farinha de trigo, açúcar, amido de milho, cacau magro em pó, xarope de glucose-frutose, óleo de girassol, sal, canela, aroma e vitaminas.
Bolachas de chocolate
Já se encontram facilmente bolachas digestivas sem leite nem ingredientes de origem animal, mas sabias que há opções com chocolate? Neste caso, as argolinhas de chocolate preto do Continente, Pingo Doce e Lidl são veganas! As conhecidas Oreo, na versão clássica, também são! Só boas notícias :)
Bolachas de água e sal
Nem sempre apetece uma bolacha tão doce. Para comer simples ou barrar manteiga de amendoim, algumas crackers não levam manteiga!
Estas são feitas de farinha de trigo, gordura de palma, açúcar, sal, extrato de malte de cevada, levedura, levedante e agente de tratamento da farinha.
Chocolate
Claro que o chocolate mais fácil de encontrar na versão 100% vegetal é o preto, mas não precisa de ser muito amargo. E tudo é uma questão de hábito: eu já estou tão habituada aos chocolates 85% cacau, que os 70% já me parecem super doces! E há para todos os gostos. Eu adoro chocolate preto com avelãs ou amêndoas (o da Mercadona é fenomenal!), mas também gosto com recheio de menta ou frutos vermelhos. Este é do Lidl e é uma delícia, com pedacinhos de framboesa:
É constituído por pasta de cacau, açúcar, manteiga de cacau, xarope de frutose e glucose, farinha de arroz, puré de framboesa concentrado, lecitina de soja, gordura de palma sustentável certificada, aroma natural, amido de arroz, pectinas, ácido cítrico, extracto de baunilha e sumo de cenoura roxa concentrada.
Uma coisa que me agrada particularmente nos cafés, chocolates e chás do Lidl é que têm certificação UTZ e de Comércio Justo, apoiando pequenos agricultores e certificando-se das condições de trabalho e sustentabilidade da produção.
Também gosto desta versão de 72% de cacau do Continente:
Este tem uma lista de ingredientes mais simples, com pasta de cacau, açúcar, manteiga de cacau, cacau fortemente desengordurado em pó (não sei o que significa mas achei piada), emulsionante e extracto de baunilha.
Gelatina
Para quem não sabe, a gelatina tradicional é feita com colagénio animal, não sendo apta para vegetarianos nem veganos. Mas já existe gelatina vegetal, e é até possível fazer gelatina caseira com a alga agar-agar. Para os mais preguiçosos, as gelatinas da Koala já vêm prontas a comer e há de vários sabores.
São feitas de água, açúcar, frutose, extrato de algas, regulador de acidez E330, aroma e corante, neste caso, E129. Já provei as de morango e melancia e gostei do sabor, mas não sou grande adepta deste tipo de sobremesas, por isso não costumo comprar. Eu é mesmo mais bolos :)
Massas folhadas e quebradas
É tão fácil e rápido descascar umas maçãs e colocar às fatias numa massa folhada, levar ao forno, polvilhar com canela e ter uma sobremesa pronta quase sem trabalho! No entanto, a maioria das massas folhadas e quebradas, até há bem pouco tempo, levava manteiga ou leite. Entretanto, as fórmulas começaram a mudar e já se encontram versões veganas com facilidade. As massas do Lidl são de origem vegetal, e a massa quebrada do Continente também é. No caso dos outros supermercados ainda não procurei, mas acredito que já tenham aderido à tendência.
Neste caso, a massa quebrada do Continente leva farinha de trigo, água, gordura de palma, óleo de colza, alcool etílico, amido de trigo, sal, açúcar, acidificante e antioxidante. Já utilizei para fazer quiche e correu muito bem.
Claro que estes alimentos não deve ser consumidos todos os dias em grandes quantidades, mas de vez em quando sabe bem e é sempre bom saber que existem estas opções. No meu caso, como um ou dois quadrados de chocolate preto quase todos os dias (por isso é que conheço os de todos os supermercados!) e, de longe em longe, apetece-me fazer uma quiche ou uma tarte sem ter o trabalho de fazer a massa. Mas há momentos para tudo, para comer saudável e para um miminho de fim-de-semana, para cuidar do corpo e para cuidar da mente. Tudo faz parte e, como em tudo na vida, é uma questão de equilíbrio :)
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