2020 foi assim...

 ... um ano, no mínimo, surpreendente! Mas nem tudo foi mau e eu sou da equipa meio cheio. Foi o ano que nos obrigou a assentar os pés na terra, a parar para pensar (a ter tempo para parar e pensar), a fazer perguntas e lidar com a falta de respostas. Foi o ano em que deixamos de fazer planos e aprendemos da pior forma o que significa viver um dia de cada vez. Foi o ano em que percebemos a importância do ar puro e que custa mais estar sem amigos um mês do que sem Zara um ano. E foi também o ano em que aprendemos que, independentemente do que estava programado para amanhã, arranjamos sempre maneira de nos adaptarmos. 


Este foi o meu ano...


Entrei em JANEIRO ainda a recuperar de 2019, que não foi um ano simpático comigo.



 

Em FEVEREIRO fui a Madrid (ideia de génio!) e adorei. Não fazia ainda ideia de que seria a única viagem do ano. Por esta altura, achava que 2020 ia ser espectacular. Sinceramente, em termos pessoais não me posso queixar, mas não foi o melhor ano para a maioria das pessoas.


 

Fiz anos em MARÇO, já com a pandemia a instalar-se por aqui. Decidi, de véspera, trocar os planos de ir festejar no restaurante por um lanche com amigos em casa (abaixo, o meu maravilhoso bolo de aniversário vegano da Padoca). Uns dias depois, estava a transportar todo o material do escritório para casa e a instalar-me na secretária da sala «por uns dias», achava eu.


 

Em ABRIL comecei a fazer uma alimentação baixa em FODMAP's (alimentos difíceis de digerir, simplificando muito) para resolver alguns problemas digestivos. Lá andava eu a inventar massa de pizza com farinha de aveia, hamburgueres sem pão (nem perguntem...), a comer tempeh a cada três dias e a tapar o nariz (nunca vos contei o quanto detesto tempeh pois não?), a experimentar massas sem glúten (gostei de tudo menos do preço) e a dizer adeus à cebola e ao alho por uns tempos. E ao trigo. E às leguminosas. E às couves. E às frutas com caroço (maçã, pêra, ameixa, pêssego, SIM, ESSAS TODAS!!! Mas sou forte e não chorei!). Porém, foi nesta altura que comecei a fazer papas de aveia e nasceu o vício :) Só por isso já valeu a pena!


 

Antes que perguntem, consegui com esse método bastante moroso resolver o que queria e guardei alguns hábitos, como beber água com limão em jejum e evitar o trigo (pão, massas, etc), a cebola e o alho, embora coma de longe em longe. 

Em MAIO chegava o bom tempo e comecei a fugir da civilização ao fim-de-semana. Saía de manhã e regressava à noite e ia para locais isolados, como montanhas, apreciar a vista e fazer piqueniques.


 

Em JUNHO nasceu a minha horta! Começou com beringelas, couve-coração, pimentos, cenoura, alho-francês, curgetes e abóboras.  Mais tarde viria a repor alho-francês e couve-coração. Tive tantas curgetes que pude congelar para utilizar nos meses seguintes. Foi também o mês em que comecei a fazer o meu leite de arroz e a colher fruta caseira.


 

JULHO trouxe calor e fui conhecer A Quintinha da Liz, um sítio mágico com um ambiente de comunidade que me fez recordar porque me tornei vegetariana.Gostei tanto que, 15 dias depois, estava de volta!


 



Chegou AGOSTO, o mês das férias. Não tive de escolher entre Edimburgo (a viagem que não quer acontecer! Já foi adiada algumas vezes), um regresso a Itália ou uma aposta na Grécia... Mas o mês teve o melhor balanço de sempre porque fui, como eu costumo dizer, cão-mãe :) Ainda o mês estava a começar e o meu Pinguinho entrava pela casa, ainda desconfiado, para uns dias depois se apoderar de todos os sofás, mantas e tapetes que encontrou :D


 

SETEMBRO foi mês de muita colheita, de tarte de abóbora, muita maçã cozida, tarte de maçã, maçã assada, maçã em geral e em particular :D Bastante maçã! E começava eu a escrever os primeiros posts deste blogue!



OUTUBRO começou com uma visita ao meu restaurante preferido que me soube como uma ida aos Globos de Ouro.


 

Este ano, quis pensar cedo no Natal e em NOVEMBRO já tinha os presentes todos pensados e comprados. Pensei na cor preferida de todas as pessoas a quem queria oferecer um presente e fiz caixas personalizadas por mim, a partir de caixas de cereais e de sapatos, com a cor como tema. Depois, tentei encontrar pequenos produtos na mesma cor e que pudessem agradar a cada pessoa. Foi um desafio, mas foi muito divertido! 


E lá chegou DEZEMBRO, que foi um mês passado a ver filmes, documentários, pintar mandalas, passear com o Pingo, experimentar receitas e aproveitar o conforto da casa e da família. É uma altura em que temos sempre a tendência de pensar nos meses anteriores, fazer um balanço do ano. Tenho dito ultimamente que, se chegar ao final do ano com a saúde intacta, o balanço já é muito positivo. Se 2020 serviu para alguma coisa foi, com certeza, para não darmos nada por garantido. Lembrar-nos de ser gratos todos os dias pelas coisas boas das nossas vidas e não desanimar perante as más, e manter sempre o foco nos nossos objectivos porque nunca sabemos qual será o último dia em que vamos poder lutar por eles.




Bom ano 2021 para todos!

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